O tenente-coronel Sir William Myers comandou “The British Fusilier Brigade” na Batalha de Albuera em 16 de Maio de 1811. A Brigada compunha-se de um batalhão do 23º de infantaria (“Royal Wesh Fusiliers”) e dois batalhões do 7º de infantaria (“Royal Fusiliers”). “Este dia”, disse o Sir William Meyers, “será um dia orgulhoso para os fuzileiros”.
No último contra-ataque da “Fusiliers Brigade” Myers foi morto, Cole (comandante de divisão), e três coronéis: Ellis, Blakeney e Hawkshow. Os batalhões de “Fusiliers”, atingidos por uma tempestade de ferro, combateram e vacilaram como se fossem navios a naufragarem. Porém, subitamente recuperaram e com firmeza combateram o terrível inimigo mostrando assim a força e magistério do soldado britânico em acção.
William Napier termina o seu relato da batalha com as palavras “A massa poderosa cedeu à semelhança dum penhasco desequilibrado que tombou pela vertente íngreme abaixo. A chuva caiu e correu de colorido com sangue: de mil e quinhentos homens incólumes, o remanescente de apenas seis centos insuperáveis soldados britânicos ilesos mantiveram-se triunfantes na colina fatal”.
“The Royal Welch Fusiliers” foi fundado em 1689 com o propósito de se opôr ao Rei James II e a guerra contra a França. O regimento foi atribuído o número 23º de infantaria e foi um dos primeiros regimentos a receber o título de Fuzileiros, passando a ser conhecido por “The Welch Regiment of Fusiliers” em 1702.
Em 1713 tornou-se a ser “The Royal Welch Fusiliers” em virtude do seu serviço na Guerra da Sucessão Espanhola (War of the Spanish Succession). É um dos regimentos mais antigos do exército britânico, eis a razão da ortografia diferente - “Welch” em vês de “Welsh”. Durante a Guerra dos Boers (Boer War) e por todo a Primeira Guerra Mundial o regimento era conhecido pelo exército como “The Royal Welsh Fuziliers”, porém em 1920 a palavra “Welch” foi restaurado ao nome oficial do regimento. Foi um dos poucos regimentos de infantaria que não foram amalgamados senão até 2006, altura em que foi unido ao “The Royal Regiment of Wales” (RRW) e passou a ser “The Royal Welsh”.
Os soldados do “The Royal Welch Fusiliers” distinguem-se pelo distintivo lampejo composto por cinco fitas de seda preta sobrepostas (sete polegadas de comprimento para os soldados e nove polegadas para oficiais) nas costas do blusão da farda a nível do pescoço. Isto advém dos tempos em que era normal usar o” rabo de porco” (pigtail). Esta prática descontinuou-se em 1808 altura em que o “Royal Welch Fusiliers” estava a prestar serviço na América e foi naquela altura que a ordem de descontinuação do uso do distintivo (lampejo) foi dado. Quando o regimento regressou decidiu-se recolocar as fitas com a aprovação do Rei.
Durante a Grande Guerra O Conselho do Exército tentou remover o distintivo lampejo, alegando que o seu uso ajudava os alemães a identificar o regimento. O Rei recusou aprovação afirmando que o inimigo nunca avistaria as costas do “Royal Welch Fusiliers” sendo que é um regimento de fuzileiros.
“The Royal Welch Fusiliers” usa uma cauda de penas brancas no toucado montado por detrás do emblema no boné. O regimento tem por tradição um cabra como talismã, tradição essa que data de pelo menos de 1775, mesmo possivelmente a partir da data da sua formação. É concedido á cabra todas as honras de um oficial por toda a fileira e é atendido por o Goat Major (Major Cabreiro).
O tenente Henry Ireson Jones do 7º de infantaria, gravemente ferido na Batalha de Albuera, morreu dos seus ferimentos naquele verão e poderá estar sepultado no Cemitério dos Inglêses em Elvas. The London Gazette publicou a notícia da sua morte e The Gentlemen’s Magazine de Março de 1812 publicou o seu obituário - “Recentemente, em Elvas, de ferimentos sofridos na Batalha de Albuera, de 20 anos de idade, amado por todos e muito lamentado, o Tenente Henry Ireson Jones do 9º de Fusileers; um oficial prometedor, possuindo altíssimos princípios de honra e de liberalidade. Faleceu em Portugal em 7 de Agosto, 1811” (sic).
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